E elevando-se do meio da multidão, ela berrou com uma voz que nem tinha um berro que soou como
porta de cadafalso se abrindo para um abismo infinito de três metros:
– Eu quero ser um poema.
Alguém, por favor, me escreva!
Para salva-la da morte de não ser, um menino que nem existia falou com voz de papel em branco e pena:
– Dá-me teu útero, e eu te poemo.
Então ela pariu. E ambos nasceram.
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