Passa diante da minha choça um homenzinho numa carroça. Preto, pequeno, pobre, numa idade qualquer entre os 6 e os 230 anos. Talvez ainda seja escravo, talvez seja o saci-pererê. Passa semeando caatingas no meu sertão. É tempo de semear caatingas, proclama. Essa lavoura onde apenas brotam cactos. Mas quem nasce nestas terras bem sabe que um cacto nunca é apenas. Tanto espinho por fora, ninguém diz, um cacto é por dentro um momento de queda d'água, em gel.
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Um comentário:
q coisa linda, passarinha... senti o lirismo do 'morte e vida severina' ser aflorado aqui com o cacto queda d'água.
*ss H pô!
bitoquinha.
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